Edieferson Oliveira dos Santos, de 25 anos, que está preso preventivamente suspeito de matar Vanderlei Mazutti, de 36 anos, com quem teve um relacionamento, confessou o crime de latrocínio à Polícia Judiciária Civil (PJC). Segundo ele, a intenção era roubar a caminhonete S10 da vítima para presentear a ex-companheira, com quem tentava reatar. No último dia 23 de janeiro, o corpo da vítima foi achado nas imediações da estrada Pontal do Verde, na zona rural de Sorriso.
No mesmo dia em que o corpo da vítima foi localizado, o suspeito, que foi preso no dia 28 de janeiro em Tabaporã, procurou a delegacia e alegou que Vanderlei seria seu amigo e teria ido até sua residência na noite anterior deixando a caminhonete S10, pegou sua motocicleta emprestada e saiu em posse de um cheque afirmando que trocaria, e não retornou mais ao endereço.
No entanto, a Polícia Civil descobriu que a intenção do acusado era ludibriar os investigadores e tentar sair impune. Conforme o delegado José Getúlio Daniel, antes do crime de latrocínio, o suspeito e a vítima discutiram após Vanderlei ter dito para algumas pessoas que os dois tinham um relacionamento homoafetivo.
Edieferson, segundo a polícia, não queria que as pessoas soubessem do relacionamento, uma vez que ele tentava reatar com sua ex-companheira, para quem prometeu lhe presentear com um veículo.
Após três interrogatórios, o acusado confessou à polícia que matou Vanderlei e que a caminhonete seria dada a sua ex-companheira como uma forma de tentar reatar o relacionamento.
Antes disso, logo após o crime, os policiais civis apuraram que a caminhonete da vítima, que o suspeito alegou ter permanecido estacionada em sua casa, foi vista em uma das ruas da cidade sendo conduzida por ele. “O suspeito, após o crime, procurou algumas lojas para consertar a caminhonete subtraída. Após as diligências e oitivas de testemunhas foi possível identificar que o suspeito horas antes do crime havia saído juntamente com a vítima em direção ao local do crime”, disse o delegado.
A suposta preocupação do suspeito em relação ao desaparecimento da vítima, segundo a polícia, não passou de uma forma de dissimular as próprias ações para que familiares, amigos e a Polícia Civil não o tivessem como potencial autor do crime. “Ele, de forma dissimulada, apresentava comportamento psicopático e tentava ludibriar os investigadores. Aproveitando-se que tinha esse relacionamento com o suspeito, aproveitou-se da confiança que ele possuía, levou a vítima até um local ermo e de posse de arma branca desferiu golpes que levaram a vítima à morte”.
Ainda durante o interrogatório, o suspeito confessou, ainda, que ocorreu relação sexual entre ele e a vítima, cujo momento foi aproveitado para a prática do crime. “Os investigadores constataram, inclusive, que a tampa traseira estava com defeito e não realizando a abertura. Foram verificadas manchas de sangue no vidro lateral do veículo, no banco e no assoalho do carro”.
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