O senador Jayme Campos (DEM) cobrou do Governo Bolsonaro uma atuação mais firme em benefÃcio de assentados em Mato Grosso. Na presença da senadora Selma Arruda (PSL) e de representantes da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), o democrata defendeu que pequenos produtores tenham mais facilidade de acesso ao Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e que a União aplique mais recursos nas cooperativas de crédito que concedem a linha de crédito.
“O Governo Bolsonaro tem a obrigação de urgentemente buscar a regularização fundiária, são milhares de assentados sem linhas de crédito, temos que democratizar esse crédito. Não sei se é o posicionamento dos demais, mas é o meu, não pode o FCO ser um instrumento de negociação do Banco do Brasil. Nós temos que democratizar, porque senão fica como se fosse moeda de troca. Um cidadão normal para buscar financiamento no Banco do Brasil eles exigem certidão até da tataravó. Mas para os bacanas daqui de Mato Grosso, que alguns não gostam que eu fale, mas vai ter que ouvir, dos tubarões do agronegócio, esses dias atrás um barão daqui pegou R$ 75 milhões num dia só. Esse dinheiro se você irrigasse para o pequeno ia longe, ne?! Dava para fazer uma revolução com essas pessoas que estão à margem das polÃticas sociaisâ€, disse Jayme Campos.
O FCO é um fundo de crédito criado com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e do Distrito Federal, mediante programas de financiamento aos setores produtivos, buscando maior eficácia na aplicação dos recursos.
Podem requerer o financiamento empresas e produtores rurais, pessoas fÃsicas e jurÃdicas, além das cooperativas de produção que desenvolvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial e agroindustrial.
Em Mato Grosso, o crédito é liberado pelo Banco do Brasil, pelo Sicred, pelo Bancoob e pelo MT Fomento. “Nós estamos com um projeto de lei na Casa Civil e temos que lutar por isso, para que as cooperativas recebam mais recursos, porque a FCO está só no Banco do Brasil. É para democratizar e facilitar o crédito. O que não pode é ficar meia dúzia de bacanas pegando todo o dinheiroâ€, finalizou o senador.