O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou nesta terça-feira (28) à oposição para que aceite um “cessar-fogo”, em referência aos constantes confrontos entre seus integrantes e os governistas, e chegue a um acordo humanitário que favoreça o trabalho médico para evitar a expansão do coronavírus no país.
“Continuo a ratificar meu apelo para um acordo humanitário para que sejam tomadas medidas de apoio à luta da Venezuela contra o coronavírus nesta fase e nas que virão. Continuo ratificando a você, líder, chefe da oposição (…) a todos, vamos a um cessar-fogo”, disse Maduro em reunião com o comitê governamental encarregado de gerenciar a luta contra a pandemia no país.
Maduro se dirigiu a todas as forças políticas — “grandes, médias e pequenas” — e a “todos os líderes”, incluindo os “mais oposicionistas”, a quem pediu para “que sejam colocadas de lado as diferenças” e em prol de “um grande acordo humanitário para a saúde e a paz”.
O presidente venezuelano encarregou o vice-presidente e ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, para que sejam feitos esses contatos e disse esperar que “possa haver muito boas notícias nos próximos dias”.
Ajuda aceita
Maduro também enviou uma mensagem aos EUA e negou ter recusado qualquer ajuda do país.
“Se quiser doar à Venezuela, governo dos EUA, aprovado. Com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), tudo o que quiser”, disse.
Por outro lado, o líder venezuelano criticou o governo de Donald Trump por ter “ousadia de dizer que (os EUA) são os maiores doadores de ajuda para a Venezuela” e perguntou “onde” o recurso foi aplicado, porque esse apoio, segundo ele, “ainda não chegou”.