Mato Grosso reduziu em 22% o desmatamento entre agosto de 2018 e abril de 2019, em comparação ao mesmo perÃodo do ano anterior. Os dados estão no Boletim do Desmatamento da Amazônia Legal (SAD) elaborado pelo Imazon. A queda foi de 45% quando o mês de abril de 2019 é comparado ao mesmo mês em 2018.
“Os dados mostram que Mato Grosso foi um dos únicos Estados que obteve a redução e isso graças a uma combinação de esforços para fazer frente ao desmatamento, de polÃticas públicas para o fortalecimento das ações de comando, controle, responsabilização e valorização da floresta em pé, por meio do programa REM (REDD+ para pioneiros) e do Instituto Produzir, Conservar e Incluir†destaca a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
Por meio de investimentos em tecnologia e otimização da mão de obra, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) aplicou no primeiro trimestre de 2019 mais de R$ 100 milhões em multas e embargou 32 mil hectares para reforçar que a ilegalidade no setor não será admitida. Ciente de que o perÃodo da seca pode acarretar no aumento do desmatamento, a Sema segue reforçando os sistemas de monitoramento e fiscalização, uma vez que há vários fatores que determinam as taxas de desmatamento.
Outra frente de atuação para conter o desmatamento é o desenvolvimento de estratégias integradas para o Desenvolvimento Rural de Baixa Emissão (DBRE). De acordo com o Instituto Earth Innovation, de 39 jurisdições que abrigam florestas tropicais em seu território, Mato Grosso é a única que mantém uma ampla gama de iniciativas mais avançadas que abordam a produção pecuária e agrÃcola de baixo carbono para propriedades de grande e pequeno porte.
Essas iniciativas estão todas elencadas dentro da Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada na COP 21 em Paris, que inclui 21 metas claras para aliar produção com conservação ambiental e inclusão social. Os marcos foram desenvolvidos por meio de processos participativos que incluÃram atores de setores públicos, privados e sem fins lucrativos e buscam o desmatamento lÃquido zero em todo o estado e zerar emissões lÃquidas de carbono florestal até 2030, mantendo aproximadamente seis gigatoneladas de CO2 fora da atmosfera, além de manter no mÃnimo 60% da cobertura vegetal nativa.
Mato Grosso vem, ao longo dos anos, empreendendo esforços para redução do desmatamento. Desde 2004, o Estado reduziu o desmate em 89%, mantendo 63% do seu território intacto, marca que o credenciou para receber recursos do Programa REM, projeto internacional que premia as jurisdições pioneiras na Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). Mato Grosso irá receber dos governos da Alemanha e do Reino Unido £ 22 milhões e € 17 milhões, cerca de R$ 180 milhões na cotação atual, em um perÃodo de cinco anos. Os recursos serão repassados pelo banco alemão KfW e administrados pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. (Por: Folha Max)