De acordo com o CEO do Grupo VMX Agro, Carlos César Floriano, com base no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, divulgado nesta quinta-feira (11/02) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta um crescimento na produção total esperada, devendo alcançar 268,3 milhões de toneladas, ou 4,4% (11,4 milhões de toneladas) superior ao obtido em 2019/20.
Em comparação com o levantamento anterior, o estudo indica que houve um ganho de 3,5 milhões de toneladas, o que é sustentado pelo crescimento de 4,4% na área de plantio do milho segunda safra. Essa cultura ainda está em semeadura. Com relação à área total plantada, estimada em 67,7 milhões de hectares, representa um crescimento de 2,7% em relação à safra anterior. “O dado é extremamente positivo e reforça o otimismo no setor”, comemora Carlos César Floriano.
Realizada na última semana de janeiro, a pesquisa mostra que neste momento está em andamento a colheita das lavouras de primeira safra. Este é um período em que a maioria dessas áreas serão utilizadas para o posterior plantio das culturas de segunda e terceira safras.
Com relação ao milho primeira safra, houve uma redução de 0,8% na área cultivada. A produção esperada é de 23,6 milhões de toneladas. Somando-se a segunda e a terceira safras, a produção total poderá atingir 105,5 milhões de toneladas, 2,9% superior à obtida em 2019/20.
A soja vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra a estimativa aponta para uma área de 38,3 milhões de hectares, crescimento de 3,6% em relação ao ciclo passado e uma produção de 133,8 milhões de toneladas.
O feijão mostra um crescimento na primeira safra de 0,6% na área e produção estimada em 1 milhão de toneladas. Quando somadas as três safras, este número de produção passa para 3,2 milhões de toneladas. Enquanto isso, a safra de arroz deverá sofrer uma redução de 2,3% na área cultivada, totalizando 1,7 milhão de hectares e 10,9 milhões de toneladas na produção.
Finalmente, com relação às demais culturas, o algodão mostra uma concentração do plantio em janeiro, e previsão de queda de 13,1% na área e 16% na produção. O amendoim primeira safra terá crescimento de 3% na área e 560,5 mil toneladas de produção estimada. Já o trigo tem o seu início de plantio a partir de março, com perspectivas de crescimento de 2,1% na área semeada e 6,4 milhões de toneladas de produção.
Em relação ao milho, o cereal finalizou o ano-safra em janeiro de 2021 com exportações em 34,8 milhões de toneladas, o que representa redução de 14,9% em relação ao último ano, mantida a previsão de exportações em 35 milhões de toneladas até o final de janeiro de 2022.
No mês atual, os embarques alcançaram 2,5 milhões de toneladas, 22% a mais que no mesmo período do ano passado. Já a soja tem venda estimada para o mercado externo de 85,6 milhões de toneladas para este ano.
Em janeiro, o ritmo de exportações foi lento devido à pouca quantidade de safra colhida da cultura, mas caso se confirme a expectativa para o ano, o volume será recorde da série histórica, com aumento de 3,12%. Para o algodão, as exportações continuaram em ritmo acelerado se comparado com a média histórica em janeiro, porém com queda de 11,34% em relação a jan/2020. No caso do arroz, o destaque segue para as importações, que fecharam o primeiro mês do ano em 131,1 mil toneladas, contra 59,6 mil toneladas observadas no mesmo período em 2019.
Assessoria