Diante do relaxamento das normas de isolamento social por parte de alguns municípios, o Governo do Estado optou por reforçar a fiscalização durante este período de pandemia.
A intenção é evitar que o vírus aproveite essa flexibilização para se proliferar ainda mais.
No entanto, para o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo(foto), a medida irá resultar em um aumento significativo no número de casos em Mato Grosso.
“É óbvio. Temos um confinamento. Pra que ele serve? Para reduzir a possibilidade de interação entre as pessoas, quanto maior essa interação, maior a incidência da contaminação. Isso é lógico e é óbvio, mas hoje temos capacidade de suportar esse aumento”, admitiu.
Diante disso, não está descartada a possibilidade de o Executivo Estadual retomar o isolamento social. “Hoje nossa capacidade de atendimento é grande para uma demanda pequena, mas acredito que vai aumentar nos próximos dias e vamos ter que medir isso para verificar se haverá a necessidade novamente de apertar o isolamento social ou se a flexibilização pode ir ocorrendo”, pontuou o secretário.
Apesar disso, Figueiredo afirma que não é contra o retorno gradativo das atividades. Contudo, frisa que a flexibilidade deverá ser adotada apenas nas cidades em que têm um plano de ação para a Saúde, com mapeamento do número de casos e projeções.
“Resolvendo todas as lacunas estratégicas e número de leitos suficientes é que dizemos que essa flexbilização é possível, mas tem que ser feita gradativamente, e sempre pedimos e lembramos que esta fosse feita de modo a não estrangular a capacidade de atendimento nem estrutura hospitalar”, pontuou o secretário.
Na Capital, por exemplo, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou no início da semana a reabertura do comércio em horário restrito, das 10h às 16h. Contudo, Shoppings centers e academias continuam fechadas.
O emedebista possui um plano de contingenciamento que vai desde fechamento de unidades hospitalares para tratar apenas pacientes infectados com o Covid-19, até a instalação de leitos provisórios.
Atualmente, Mato Grosso possui mais de 1,2 mil leitos de UTI e ambulatoriais disponíveis a casos de Covid-19. Com número de casos e óbitos abaixo das previsões, o Governo do Estado não descarta a possibilidade de vir a auxiliar outros estados neste momento de pandemia.
“Se houver necessidade de deslocamento de paciente de um Estado para outro, isso provavelmente deva ocorrer. Torço para que aqui em Mato Grosso a gente consiga achatar tanto essa curva da doença que permita atender paciente de outros estados”, completou.