Hoje, a partir das 14h30, na Escola Estadal Presidente Médici, no coração de Cuiabá, os professores e servidores da Educação, em greve desde 27 de maio voltam a se reunir. A assembleia, marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), vai avaliar a proposta do Governo do Estado que insiste em não pagar o aumento de 7,69% da Lei 510/2013 que institui a dobra dos salários e nem mesmo a RGA deste ano e propõe pagar os dias de greve descontados em duas parcelas,sendo a primeira em 20 de julho e a segunda agosto. A avaliação, constatada durante reuniões do sindicato neste final de semana, é a de que o movimento paredista deve continuar.
Nos encontros das lideranças sindicais e que serão levados para a assembleia é a de que o documento apresentado pelo governo não apresenta nenhum avanço como o pagamento imediato dos salários cortados e o cumprimento da Lei 510/2013.
Uma professora que participou dos encontros no Sintep avaliou bem a situação dos servidores da Educação diante da intransigência do Governo do Estado. “Eu olhei o meu holerite referente ao mês de julho e o governo só vai pagar os dias referentes ao feriado, sábados e domingos. Os dias letivos estão cortados. Agora o governo vem com a proposta de pagar estes dias cortados em duas parcelas. Ora na hora de exigir que terminemos a greve ele corta salários, não paga um aumento acordado em lei e depois se acha no direito de pagar os dias cortados em duas parcelas?  É melhor continuar em greveâ€, disse, lembrando que o professor será obrigado a repor as aulas para o cumprimento da lei federal de 200 dias letivos e, portanto, não havia necessidade de corte de ponto.
O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, afirmou que a condição para o fim da greve é a apresentação de proposta, principalmente no que ser refere ao aumento salarial e pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 2018. A decisão das pautas fundamentais foi deliberação da última assembleia da categoria e como não houve avanços sobre os pontos, os profissionais acreditam na manutenção do movimento paredista.
“Como se não bastasse descumprir a Lei, o governo usou de truculência ao cortar o ponto dos profissionais e propor como conciliação o pagamento mediante retorno imediato à s aulas e ainda de forma parceladaâ€, declarou Pereira.
De acordo com o sindicato, a repercussão dos últimos acontecimentos aponta que os profissionais irão para o enfrentamento apesar do corte de salário.