O juiz Jeverson Luiz Quinteiro, titular da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, está utilizando uma sala especial toda vez que tem que realizar audiências de custódia para evitar ser infectado pela tuberculose.
O uso da sala especial foi autorizado pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso a pedido do magistrado.
Em decisão proferida no dia 24 de dezembro, na qual converteu a prisão em flagrante de um suspeito de furto em preventiva, o juiz justificou que uso da sala se faz necessário em razão do surto de tuberculose existente no meio carcerário.
“Considerando o surto de tuberculose existente no meio carcerário e o grande risco de contaminação dos presentes ao ato desta audiência; considerando a necessidade de se assegurar, ao máximo, a segurança dos presentes a este ato; considerando que, na sala especial, o MP e a defesa, assim como os parentes têm total acesso visual e proximidade com o custodiado e este também em relação aos mesmosâ€.
“Considerando que o uso de sala especial foi autorizado pela Corregedoria Geral de Justiça do TJMT, atendendo pedido deste magistrado e que a defesa do custodiado e o MP concordam com a utilização da sala especial, neste ato, delibero por realizar a presente audiência em sala especial, preparada para impedir contágio por doença transmissÃvel pelo arâ€, diz trecho da decisão.
Por meio de assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, Quinteiro ainda explicou que antes de usar a sala especial já enfrentou situações de o preso estar sendo interrogado e, ao ser questionado sobre sua saúde, informar que tinha tuberculose e não estar usando sequer uma máscara.
“Isso pode gerar a contaminação de todos que se encontram no ambiente. Com a sala especial, essa possibilidade fica limitadaâ€, justificou.
Outra justificativa para o uso da sala especial é a necessidade de assegurar, ao máximo, a segurança de todos os presentes ao ato.
“Não é apenas pela questão das doenças que podem ser transmitidas, mas principalmente pela questão de segurançaâ€, disse.
O magistrado salientou ainda que na sala especial, o Ministério Público e a defesa, assim como os parentes do preso, têm total acesso visual e proximidade com o custodiado e este também em relação a eles.