Os produtores de milho em Mato Grosso estão preocupados com a possibilidade de incidência de uma nova doença surgida no Brasil, a estria bacteriana. A doença foi detectada em 2018 no Paraná, e em algumas lavouras as perdas na produtividade chegaram a 50%, um Ãndice extremamente elevado para dos padrões da agricultura.
A preocupação dos pesquisadores é que não existem barreiras naturais ou quÃmicas que possam impedir que essa doença chegue até Mato Grosso, onde a estimativa de produção de milho este ano está próxima de 29 milhões de toneladas.
O tema faz parte do circuito de palestras que a Aprosoja-MT promove a partir de hoje (11) junto aos produtores rurais. O fitopatologista Adriano Custódio, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar/Londrina), está no Estado para falar aos produtores rurais sobre o tema.
“Essa é uma doença nova. É preciso deixar claro que até o momento não existem meios de controle a este tipo de doença, visto que o que é comum são doenças provocadas por fungicidas e estamos falando de uma doença provocada por bactéria. O maior risco é diminuir a rentabilidade dos produtores rurais, que já sofre alto impacto com o custo de insumos e defensivos agrÃcolasâ€, especifica Adriano.
A doença ataca as folhas da planta e reduz o poder de fotossÃntese do milho, e por consequência reduz o enchimento da espiga, podendo se alastrar facilmente pela lavoura, causando prejuÃzos na produtividade, que em Mato Grosso está estimada em 121 sacas por hectare.
Dados apresentado pela Aprosoja hoje apontam que os produtores de milho tem entre as maiores preocupações no inÃcio de safra o potencial produtivo, a resistência à s pragas e doenças, o preço das sementes, a janela de plantio e a resistência das plantas aos herbicidas.
A constatação é feita durante o Circuito Tecnológico Aprosoja etapa milho, no qual os produtores são visitados, e colhidas as informações do plantio da cultivar neste perÃodo produtivo.
A preocupação com novas pragas é recorrente entre os produtores rurais, já que o custo com fungicidas, herbicidas e inseticidas é estimado em R$ 254 por hectare neste ciclo produtivo, o que representa 9,10% do total do custo de produção por hectare, que está estimado em R$ 2.789, conforme apontam dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).