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Faltam máscaras, álcool em gel e até óculos de proteção em hospitais de MT

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Máscaras, álcool em gel e óculos de proteção, materiais essenciais para segurança de profissionais da saúde, muito mais em tempos de coronavírus, estão em falta nas unidades. Servidores reclamam de ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs). Para tentar minimizar situação, profissionais buscam doações dos materiais ou compram com recursos próprios. Situações mais críticas estão nos hospitais regionais e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Até mesmo o hospital definido como referência no tratamento, a Santa Casa, sofre com a falta de materiais primordiais.

Enfermeiro que atua na Santa Casa e preferiu não se identificar reforça a falta constante, principalmente de máscaras. “As vezes, temos que comprar ou algum grupo de ação social doa. São coisas essenciais que não deveriam faltar”, diz.

Profissional que trabalha no Hospital Regional de Rondonópolis diz que o medo é rotina por conta dos poucos recursos de proteção. “É, sinceramente, desafiador para nós que trabalhamos no sistema público. Ter que trabalhar com poucos materiais. A situação não é exclusiva. Tem colegas fazendo verdadeiros milagres”, avalia.

Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma -MT), Oscarlino Alves de Arruda Júnior, confirma que a luta é pela proteção dos profissionais com a dotação de EPIs para não comprometer a mão de obra. Uma das críticas é também a falta de teste rápido para testagem dos profissionais de saúde, que têm contato direto com os doentes. “Há um descompasso nos estoques de materiais de proteção. Hospitais regionais e Samu estão entre os afetados”, diz.

Máscaras N-95, óculos de proteção, toucas, luvas e capote são equipamentos básicos para minimizar o risco de contaminação. Mas, conforme Oscarlino, faltam em muitas unidades. “A informação é que não há estoque regular. Os materiais estão em falta. Estamos aguardando a SES, que diz que estão se empenhando e que materiais estão chegando”.

Representante do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Adeildo Martins de Lucena assevera que, além da falta de equipamentos de proteção, muitos profissionais já destacam a falta de leitos de UTI e estrutura. “Torcemos para que esteja tudo pronto em todos sentidos, pois a onda chega mais forte na próxima semana”, frisa.

Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) destaca que emitiu um ofício orientando aos profissionais médicos a denunciarem à autarquia a não disponibilização de Equipamento de Proteção Individual. A denúncia, que deve ser feita à Ouvidoria do CRM, é considerada medida importante para que as autoridades competentes possam ser notificadas. A assessoria do Conselho destacou que denúncias destas irregularidades já têm chegado.

A presidente do CRM, Hildenete Monteiro Fortes, frisa que os profissionais devem ser racionais na distribuição de máscara cirúrgica aos pacientes. Por enquanto, este insumo só deve ser fornecido aos pacientes classificados como caso suspeito de síndrome gripal e de Covid-19.

Gazeta Digital

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