O Brasil registrou 965 mortes e 16.508 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo informou o Ministério da Saúde na noite deste sábado (23/05). O total de vítimas chega agora a 22.013, enquanto o número de infecções se aproxima de 350 mil.
Com exatos 347.398 casos, o país é o segundo do mundo em número de pessoas infectadas, atrás somente dos Estados Unidos, que já soma mais de 1,6 milhão de casos. Os EUA também são o país com mais mortos, com mais de 97 mil vítimas. Outros quatro países registram mais óbitos por coronavírus do que o Brasil: Reino Unido, Itália, Espanha e França.
O Ministério da Saúde informou ainda que 142.587 pacientes se recuperam da doença, enquanto 182.798 pessoas estão em acompanhamento. Também seguem em investigação 3.534 mortes suspeitas de covid-19, mas cujas causas ainda não foram determinadas.
São Paulo segue sendo o estado mais afetado, somando 80.558 casos e 6.045 mortes. Em meio à crise, o governador João Doria usou as redes sociais para comemorar o número de pessoas recuperadas. “Parabéns aos médicos, enfermeiros e profissionais de saúde pela dedicação e empenho na luta para salvar vidas. E parabéns também a cada um dos 15.296 pacientes pela vitória. Uma conquista da saúde e da medicina”, escreveu no Twitter.
O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais mortes, com 3.905 vítimas, mas tem menos casos confirmados do que o Ceará: 34.533 infecções, ante os 35.122 casos no estado nordestino, que soma ainda 2.308 mortes até agora.
O governador do Rio, Wilson Witzel, defendeu a eficácia das medidas de isolamento social adotadas no combate à doença e informou que, sem o controle sobre a circulação de pessoas, o estado teria neste momento pelo menos 19 mil mortos, citando projeções do governo estadual.
Autoridades em saúde de todo o Brasil destacam que o número de casos e de mortes no país possivelmente é muito mais alto. Entre os dez países com mais casos confirmados da doença, o Brasil é o que, proporcionalmente, menos testa a população.
Além disso, alinhado com o presidente Jair Bolsonaro, que várias vezes negou a gravidade da crise, o Ministério da Saúde passou a dar ênfase ao número de recuperados ao divulgar os dados diários da doença, apenas mencionando o número de mortes e de novas infecções.
Na última terça-feira, o Brasil ultrapassou pela primeira vez as mil mortes diárias, registrando 1.179 óbitos em 24 horas. O recorde de mortes ocorreu na quinta-feira, com 1.188 vítimas.
O aumento nos números coincide com a ausência de um titular no Ministério da Saúde. O posto está vago desde 15 de maio, quando Nelson Teich pediu demissão após ficar menos de um mês na função, em meio a discordâncias com Bolsonaro sobre medidas relacionadas à epidemia. Desde então, o cargo vem sendo ocupado interinamente pelo general Eduardo Pazuello.
Na última sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a América do Sul está se tornando o novo epicentro da pandemia de covid-19 e citou o Brasil como o mais afetado.