Após ler o livro “A equação do Casamento” do autor e Psicólogo Luiz Hannz, achei conveniente compartilhar algumas reflexões que não são analisadas, pelo menos, de forma consciente ao decidir assumir uma união integral e amorosa entre casais.
O referido autor faz um passeio pela concepção de casamento tradicional, no qual havia uma idade para casar-se, para construir um patrimônio em conjunto, para ter filhos, sendo que quanto maior a família, mais admirada ela era por outras famílias. Uma concepção que não tinha escolha, nem muito diálogo. Simplesmente as mulheres eram educadas para casar, diga-se que deveriam saber cuidar da vida doméstica, da educação dos filhos e, ainda, ter um tempo dedicado ao marido. O marido por sua vez, como provedor da casa, tinha a responsabilidade financeira, negocial e de levar o conforto às suas famílias tendo como objetivo, manter a segurança em todos os níveis.
As mulheres foram criadas para casar com seus príncipes encantados e quando as coisas se tornassem difíceis, o belo príncipe viria com um grande abraço e um gostoso beijo para dizer-lhe que no final todos seriam felizes. A imaginação exercita o cérebro para encontrarmos a felicidade. Porém, nem sempre a felicidade é das cores que pintamos na imaginação e, obstante, o acalanto do parceiro nunca é suficiente, pois a mulher espera por isso 24 horas por dia.
E agora que descobrimos que os livros de histórias amorosas felizes, bonitas, com filhos lindos e comportados são apenas literatura do imaginário, o que podemos fazer? Como encarar o dia a dia dos relacionamentos conjugais que se desgastam facilmente nesse mundo metralhado pelas redes sociais, pela busca de uma segurança financeira exacerbada, com responsabilidades de pai e de mãe, sem manual e sem garantia de devolução?
Foi assim que o autor, já referido. Luiz Hannz, estudou a equação do casamento. Especialista em terapia de casal, experienciou muitos fatores e situações que contribuíram para o estudo comportamental de casais na atualidade. Considerando que o novo século instalou premissas próprias nos relacionamentos, ou seja, os casais querem preservar um amor eterno, porém respeitando a individualidade de cada um. A questão que os cônjuges colocam é: você não me deixa se feliz”. E ficou fácil desistir no meio do caminho, pois se “não dá certo, separa”.
O slogan ‘ser feliz’ significa que não existe exatamente um par amoroso, mas sim o amor próprio individual que deve ser admirado pelo outro, mesmo que para isso o parceiro tenha que abdicar de suas próprias preferências e crenças. Com o tempo, a insatisfação vai tomando conta do dia a dia do casal, as brigas passam a ser constantes, se tem filhos, esses passam a demonstrar comportamentos diferentes, difíceis de gerenciamento.
A harmonia do casal depende do autoconhecimento, se “eu me conheço e sei exatamente o que quero da vida conjugal” fica fácil compartilhar isso com o outro, traçando caminhos que levem a uma vida amorosa satisfatória. O não conhecimento de si mesmo, prejudica a minha visão do outro.
Lucilene da Rosa/Psicóloga – CRP 18/03609 – watssap – 66 99991 9755