As declarações do presidente, Jair Bolsonaro, têm desagradado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que sugeriu que o presidente usasse um ‘’aparelho de mordaça’’, segundo o blog de Tales Faria, no UOL. O ministro ainda questionou: ‘’Tempos estranhos. Aonde vamos parar?’’.
Em uma de suas declarações, Bolsonaro sugeriu que Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que ficou desaparecido depois de ser preso durante a ditadura militar, teria sido assassinado por companheiros esquerdistas que suspeitavam de traição.
Ainda conforme a publicação no portal, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos PolÃticos expediu atestado de óbito de Fernando Santa Cruz de Oliveira, no último dia 24. O documento afirma que ele ‘’faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora polÃtica ao regime ditatorial de 1964 a 1985’’.
Além disso, o ex-delegado, Claúdio Guerra, do Departamento de Operações PolÃticas e Sociais (DOPS), declarou a Comissão Nacional da Verdade que incinerou o corpo de Fernando Santa Cruz e outros nove presos polÃticos no forno de um engenho de cana de açúcar em Campos, cidade do norte do Rio de Janeiro.