A obesidade – mesmo entre os mais jovens – está emergindo como uma grande preocupação durante a pandemia do novo coronavírus. Um estudo publicado nesta semana na revista Annals of Internal Medicine, apontou que o problema pode aumentar em até quatro vezes o risco de morte, especialmente entre pacientes do sexo masculino e com menos de 60 anos.
E parece que o próprio excesso de peso é problemático, independente dos outros problemas de saúde que ele causa, como diabetes, problemas cardíacos e hipertensão, comorbidades que foram excluídas da pesquisa.
A obesidade é definida como tendo um índice de massa corporal (IMC – Índice de Massa Corporal – um valor derivado da altura e peso de alguém) igual ou superior a 30.
O estudo realizado nos Estados Unidos envolveu 5.652 pacientes que tiveram o teste positivo para o novo coronavírus entre fevereiro e maio deste ano. Três semanas depois do início da doença, os pesquisadores fizeram a contagem do desfecho dos casos.
Dois terços dos pacientes foram hospitalizados e 43% foram ventilados. Pacientes com IMC maior que 40 tiveram maiores taxas de mortalidade em geral.
O mais impressionante, segundo o estudo, é que aqueles com menos de 60 anos tiveram taxas de risco aumentadas de 12 para 17, enquanto que em pessoas mais velhas esse aumento foi de 1 para 3.
Os especialistas ainda não descobriram por que a obesidade parece tornar a covid-19 mais grave, mas existem inúmeras teorias. Uma razão pode estar relacionada ao fato de que a obesidade poder causar um estado de inflamação crônica.
Segundo os autores, o estudo serve de alerta para que precauções extras sejam tomadas para minimizar os riscos para esse grupo.