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Bebê de 6 meses jogado em poço pelos pais em Tabaporã era vítima de maus-tratos

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Fotos mostram que bebê de seis meses jogado em um poço pelos pais, era vítima de maus-tratos desde os primeiros dias de vida. O caso foi registrado em Tabaporã, a 643 km de Cuiabá. Os pais estão presos e teriam confessado o crime.

De acordo com as investigações, a primeira agressão ocorreu quando a criança tinha 28 dias de vida. As imagens mostram vários ferimentos nos pés. Depois de presos, Tiago Silva Lacerda e Raquel Araújo Dias, apontaram onde haviam jogado o corpo da criança, que foi localizado pelos bombeiros, após denúncia do conselho tutelar.

Segundo a polícia, o pai teria dito que a filha morreu acidentalmente após tomar um remédio. Os pais já eram investigados por maus-tratos à mesma criança. Os dois estavam morando em um assentamento desde o dia 29 de dezembro.

De acordo com o delegado Agnaldo Coelho, o homem disse em depoimento que a menina teria morrido após ingerir um medicamento que, segundo ele, teria feito uma reação contrária e provocado a morte. O pai alegou que ocultou o corpo por não saber o que fazer.

Já a mãe disse à polícia que não estava presente no momento da morte da criança, pois tinha ido buscar um remédio e, quando voltou, o marido já tinha ocultado o corpo.

A polícia acredita que a menina tenha sido morta no dia 27 de dezembro. Os próprios suspeitos indicaram onde o corpo da filha estava.

Testemunhas disseram ter visto os suspeitos perto do Rio Sereno, com um carrinho de bebê. No entanto, os moradores não viram se a criança estava no carrinho ou não. Posteriormente, o casal pedindo carona na estrada.

A bebê morava com a família em Tabaporã e, segundo o Conselho Tutelar, os pais já haviam sido denunciados por maus-tratos.

A menina chegou a morar em um abrigo da cidade aos 3 meses de vida. No entanto, os pais entraram na Justiça e conseguiram reaver a guarda. O Conselho Tutelar afirmou que fazia visitas periódicas à casa da família.

Caso

O crime teria ocorrido no dia 27 de dezembro. Testemunhas disseram ter visto os suspeitos perto do Rio Sereno, com um carrinho de bebê, no entanto, os moradores não viram se a criança estava no carrinho ou não.

Depois, eles foram vistos sozinhos sem a criança e sem o carrinho e mais tarde, pedindo carona na estrada, apenas com mochilas e também sem o bebê. Desde então o casal não foi mais visto na cidade.

A casa que eles moravam estava abandonada só com os móveis e alguns pertences pessoais deles e da criança.

Segundo a polícia, testemunhas disseram que o pai da criança disse que tinha que deixar a cidade às pressas da cidade e pediu que colocassem fogo nas coisas do bebê. O carrinho da criança foi encontrado às margens do rio.

Logo depois da denúncia, a equipe da Polícia Civil de Tabaporã iniciou as investigações, identificando testemunhas que contribuíram com informações sobre o caso. Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Sinop, a 503 km da capital, ajudou nas buscas no rio.

Há cerca de quatro meses, o casal já havia sido denunciado por maus-tratos contra a criança, e o bebê ficou na Casa de Passagem por um período. Depois, a guarda foi restituída.

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