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O Que Você Deveria Saber Antes De Casar – Parte 2

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As reflexões de Luiz Hannz, no seu livro Equação do Casamento, remete ao fato de que é necessário que exista compatibilidade de personalidade e de temperamento entre os pares, pois o equilíbrio ocorre quando um dos pares cede em algo que resulte em adequação de situações conflitantes. Mas como descobrir essa compatibilidade antes de casar? Vamos partir do princípio de que cada cônjuge vem de uma família diferente da outra e que, consequentemente, foi criado de forma diferente.

O jeito com que os pais educam seus filhos é elemento primordial para a formação da personalidade e esta tem relação direta com o temperamento da pessoa.

Para ficar mais claro, vamos usar o exemplo de uma criança que foi educada com regras específicas, tendo que participar dos cuidados do lar e que era escutada, podendo colocar suas opiniões e negociar seus desejos. Provavelmente, o futuro adulto será uma pessoa organizada, cuidadosa, com ideias próprias, com capacidade de empatia, pois teve seu espaço, quando foi necessário, sente-se seguro.

Agora, pensemos em uma criança que fazia todas as suas vontades, sem pais que pudessem lhe dar uma direção ou que pelo menos mostrassem o que “é certo ou erado”, na linguagem popular, que não aprendeu o valor do respeito pelos outros e sempre foi tratado como o membro mais importante da família. É possível que na vida adulta, essa pessoa não respeite a vontade do outro, que imponha suas próprias regras e que seja de difícil trato social.

Esses exemplos hipotéticos são apenas ilustrações que servem para mostrar que personalidade e temperamento não mudam. Fazem parte do comportamento da pessoa. O que pode mudar são algumas condutas, algumas ideias, alguns hábitos desde que o indivíduo tenha um bom motivo para essa mudança. Assim, dizer que “depois que casa, muda para melhor”, é doce ilusão. Por isso a necessidade de conhecer-se e conhecer o outro, a isso dá-se o nome de “namoro”.

É importante ressaltar que apaixonar-se traz uma sensação maravilhosa para as pessoas tudo fica mais bonito, fica mais fácil, emerge aquela vontade de cuidar-se e de cuidar do outro. Mas como manter essa paixão de forma a relevar que a pia do banheiro está sempre suja de creme dental, a toalha molhada em cima da cama, os calçados jogados pela casa, a pia da cozinha cheia de louça para lavar, o lixo que não foi levado ao local da coleta, as tarefas do filho que precisa ser acompanhada e outras coisas que ocorrem no dia a dia de um lar.

Muitos casais alegam que só passou a conhecer o verdadeiro cônjuge quando acabou a lua de mel. A convivência diária de duas pessoas pode mostrar o melhor de cada uma delas, ou o seu pior, depende da maneira como se constrói essa vida conjunta que não pode ser uma réplica de nossas famílias de origem. É muito importante descobrir se há compatibilidade entre o casal para que haja companheirismo, altruísmo, respeito às individualidades e, assim, possa formar uma família equilibrada.

Lucilene da Rosa, Psicóloga – CRP 18/03609 – watssap – 66 99991 9755

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